O enjoo que me toma está se proliferando. A ânsia pela e da
vida rodopia o mundo ao meu redor e acelera todas as bondades que ainda existem
em meu universo particular. Fico absorta no que quase foi e estática no que
poderia não ter sido. Nos meios nãos e sins é que eu entendo que não existem
meios, mas com certeza existe loucura demais dentro de mim. Algum louco pra
mergulhar junto comigo?
Convoco-vos a imergirem intensamente em si e repararem na
quantidade de meios que temos tido. Meios adeus, meias estadas, meios horrores,
meias respostas, meias perguntas, meios rancores, meios amores... Meios. Fico
sem jeito frente a tantos meios de me enlouquecer que encontro. A insanidade é
um vizinho intrometido que está sempre pedindo uma xícara de açúcar.
Latente. Esse refluxo de coisas podres fica sufocado, maquiado
atrás de tanta juventude colorida, que de tão vaidosa anda quase cinza. Vago sozinha em mil e um lugares onde eu queria estar, cantando mil e uma músicas
que ainda não inventaram e vivendo mil e um amores que nem conheci. Vou vivendo
esse meu tudo, que não tem mil, mas tem uma amostra da felicidade que
anseio.
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