domingo, 5 de agosto de 2012

Gigantes nas alturas.

A casa na árvore - a tão sonhada casa na árvore. Nunca tive uma, mas comecei a querê-la depois de alguns anos. Alguns sonhos precisam amadurecer, mas outros só surgem quando nós amadurecemos primeiro.
Como se chega lá? na casa, na árvore, não sei... Mas eu queria chegar lá. Por enquanto. Os "enquantos" vão acontecendo e parece que vamos nos distanciando mais e mais de nossos lindos sonhos.
Alguns dizem que eu seria uma boa atriz. Mal sabem eles que por muito tempo foi essa a minha ambição. E acho que até eu mesma mal sei que esse um dia foi um possível futuro.
Para onde vão esses devaneios? Para um cemitério de histórias pela metade? Porque depois que eles morrem, não lembramos mais. São tão pequenos no passado, tão incolores, que passam pela boca dos outros e nem nos recordamos. Talvez uma tia daquelas que sempre pergunta dos namorados ainda lembre dos sonhos enferrujados. Ou nem ela. Nem eu nem você. Mais ninguém. Poeira que não precisa sair do lugar.
Mas se eles tem asas e scripts e são fortes, mais fortes do que nossa falha resistência em mantê-los conosco, então eles devem ir para um bom lugar. Talvez um lugar de uma cor linda como o azul nos dias sem nuvens. E lá eles devem confraternizar, e quem sabe tentem se completar e sintam alegria por algum ou muitos momentos, mesmo que fracassados. Porque, na verdade, não entendo bem quais são os maiores fracassados. Pode ser que sejam nossos deslumbres órfãos. Ou os órfaos somos nós.