sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Mínima Menina.

(Uma percepção que já estava engavetada há tempos.)


O amor é uma droga, é viciante, e enlouquecedor, e ensurdecedor, e mudo, e amordaçador e tudo o mais que cala, que mede, que corrói e que mata.
Mata pela mão da vida. Mata pela própria mão.

Mínima Menina - Dose acelerada de conflitos, sonhos, ataques e romances.

Prólogo

Eu sou uma menina.
Comecei a narrar essa história na segunda pessoa.
Apaguei tudo. Deixei que eu fosse eu mesma. Pelos meus próprios olhos, pelos meus próprios passos.

Eu sou uma menina. Ainda sou.

Sempre serei uma menina, eu acho. Ou talvez até casar, ou até ter meus filhos.

É que já sou tão menina há tanto tempo, que quando me tornar mulher, vai ser estranho.
Ao menos, parece-me que terei mais força própria. Ou então, é só a palavra que soa mais consistente, mesmo.
Lembro-me de quando eu estava em alguma rede social, e alguém postava algo mais ou menos assim:
"Nossa, como tudo está péssimo. Mas eu sei que vou sair dessa."
E eu sempre retrucava essas bobagens com alguma indeireta em um próximo comentário.
E então eu via que eu também nao sabia de nada. O quão pequena eu ainda era, ainda sou.E que essas gafes que eu jurava tão grandes, se eu ainda não houvesse cometido, um dia cometeria. Ou, quem sabe, são equívocos diferentes, camuflados, intimamente maquiados.
A vida é grande e complexa demais pra gente entender. E eu sou mínima. Mínima Menina.

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