terça-feira, 20 de março de 2012

Photograph.

Flashes. Eles estão cegando. Eles, os flashes no mural.
Tem uns recortes espalhados na mesa. Uma mesa dentro de mim. Bem que poderíamos nos organizarmos como uma casa - mas, que bela bobagem, nem mesmo nossa casa conseguimos organizar! Em mim não tem problema bagunçar, já é costume eu me perder dentro de mim, e sinceramente não sei se eu realmente já me encontrei. Acho que me perdi na trilha.
Tudo enjoado demais pra anunciar. Muita propaganda pra pouco conteúdo - muito esforço pra quase nada. E sabe aqueles filmes em que o popular se apaixona pela borralheira? Mentira. Tudo, tudo mentira. E eu acreditava... Esses flashes estão realmente me incomodando. Será que preferem estampas nas paredes também? Já disse e vou repetir: nem tudo o que reluz é ouro. A maioria é strass - desprende e some rapidinho. E vem em bando!
Nessa estrada ofuscada de tantas estrelas se matando para brilhar mais e melhor, vou tentando somente seguir. Porque às vezes é necessário abrir mão de alguns caprichos pra sabermos focar no óbvio. O óbvio - ele quase dói, por vezes. Quase dói mais vê-lo do que as luzes dos flashes.
E alguns passos, por vezes errados, são mais que necessários. Rotina minha querer brilhar no meio do opaco. Agora talvez seja a hora de recarregar a bateria e registrar somente o necessário, mas sem deixar o modo preto-e-branco afetar. Um pouco de luz, um pouco de câmera, um pouco de ação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário