terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Descrição (?).

Sou tudo o que vi, tudo o que ouvi, tudo o que vivi, todos os que amei e odiei. Sou fragmentada- cada um compõe uma parte de meus atos. O mundo, as pessoas, as forças me fizeram assim. Cada um de nós é o mundo todo, eu sou meu mundo todo, que é feito do mundo todo de cada um. Eu sou uma teia de gente, de bichos, de coisas, de lugares. Eu sou uma grande contradição - porque nem sempre eu sei de que lado eu estou, ou sou. Vacilo entre sã e louca quase todo tempo. Passo por mudanças constantes. Às vezes sou o melhor de mim, sentindo-me insubstituível, a verdadeira fada. Mas de repente, sou meu lado nada, uma aberração da qual nem posso fugir, a verdadeira bruxa. Vejo-me certa e errada todos os dias. Sustento-me do que passa pela minha cabeça , do que me enlouquece, dessa virose que chamam de vida, esfregada nas minhas dúvidas, coagulando meu sangue e matando-me segundo por segundo. Sou um ponto de interrogação, aliás, será que sou? Por isso creio que o máximo que posso saber de mim é que sou um resultado inegável e incomum de minhas decisões, sendo elas acertos ou erros, mesmo que para mim os erros possam ser os acertos, essa receita sem medidas que conclui minha personalidade manente em estado, mas variante em espírito. Sou o desfecho de cada caminho que escolhi.

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