domingo, 10 de outubro de 2010

Independência.

Ponto de equilíbrio entre a vida e a morte. Sigo na crença que independência é o grito de guerra dos viventes. Depositando o peso do corpo nos próprios pés, reconhecendo vossa identidade como real e única e compreendendo o mundo como parte de vós, e não o contrário. Em uma terra em que corações são dilacerados e mentes são corrompidas, os que se mantém na fé do triunfo próprio são os únicos que se salvam. São perseguidos e apedrejados, julgados, em muitos episódios condenados. Nem tanto sofrimento consegue encobrir o gozo proporcionado pela quebra das algemas da alma!
Um sonho pra sonhar sozinho, é a lição da escola da vida. É ensinada aos poucos, mas age como um insight: é o  chamado do coração clamante por liberdade. Já não é utopia, mas realidade viva que quando descoberta, gruda nas mãos e nos atos como pólos de um imã. E magnetiza a vida e os passos, que nunca mais os mesmos.
Nunca mais o mesmo corpo, nunca mais os mesmos pensamentos, expõe as dores e os amores, assume conduta e fortalece o futuro.
Eis que nascem em mim pilastras do sucesso e de mim mesma! Pois agora sou minha própria base e estrutura, tronco de meus feitos e dona de cada escolha. O caminha agora é meu, o rumo quem decide sou eu, não quero um alicerce, quero um acompanhante. Veio o meu tempo de glorificação, de abrir os olhos para a dádiva que sempre fui e nunca transpareci; o que todos já sabem, é hoje que venho ver. E trago agora a postura ereta, a mente serena, o coração transbordando amor próprio.

Onde tu estavas que só agora te achei, ó bela divindade? Já me cansava viver negando a parte bonita, a única parte de mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário