sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ciúme


Não ponho ponto no título, pois não é algo que simplesmente se acabe. É a raiva que morde os calcanhares dos amigos, dos pais, dos apaixonados. A lança incendiária que atinge em cheio o orgulho do espectador, ou ouvinte. Sim, porque sei que ouvintes também encontram-se agoniados mesmo sem a fotografia.
Mordendo os próprios lábios, massacrando a própria alma por uma lembrança morta. Sofrer por quem já morreu nos corações alheios, porque? Se é por ti que este outro vive, se é por ti que ainda ama? Chorar na escuridão da noite, mergulhar em tua própria perdição, porque o fazes, menina? Sabes bem que o teu ser é a essência da luz, não guardes em teu seio o que já não nutre teu espírito.


E criando fantasmas que já se enterraram, surgem as sombras que queremos ver. Tua vida é santa! Não te crucifiques pelos teus rancores, transforma-lhos em alicerces do teu próprio bem. O teu fundo do poço tem molas, se estás lá, puramente por querê-lo. Levante-se, olhe pra cima, veja como o céu contempla a tua beleza! Hoje é dia dos enamorados, o universo lhe trouxe sua estrela mais rara, abrace-a e idolatre-a, e esse asco, tu abandonas, pois vossas almas estão conectadas pelo encanto de um lindo amor.

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