Flashes. Eles estão cegando. Eles, os flashes no mural.
Tem uns recortes espalhados na mesa. Uma mesa dentro de mim. Bem que poderíamos nos organizarmos como uma casa - mas, que bela bobagem, nem mesmo nossa casa conseguimos organizar! Em mim não tem problema bagunçar, já é costume eu me perder dentro de mim, e sinceramente não sei se eu realmente já me encontrei. Acho que me perdi na trilha.
Tudo enjoado demais pra anunciar. Muita propaganda pra pouco conteúdo - muito esforço pra quase nada. E sabe aqueles filmes em que o popular se apaixona pela borralheira? Mentira. Tudo, tudo mentira. E eu acreditava... Esses flashes estão realmente me incomodando. Será que preferem estampas nas paredes também? Já disse e vou repetir: nem tudo o que reluz é ouro. A maioria é strass - desprende e some rapidinho. E vem em bando!
Nessa estrada ofuscada de tantas estrelas se matando para brilhar mais e melhor, vou tentando somente seguir. Porque às vezes é necessário abrir mão de alguns caprichos pra sabermos focar no óbvio. O óbvio - ele quase dói, por vezes. Quase dói mais vê-lo do que as luzes dos flashes.
E alguns passos, por vezes errados, são mais que necessários. Rotina minha querer brilhar no meio do opaco. Agora talvez seja a hora de recarregar a bateria e registrar somente o necessário, mas sem deixar o modo preto-e-branco afetar. Um pouco de luz, um pouco de câmera, um pouco de ação.
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