quinta-feira, 29 de março de 2012

Filhos da Terra.

Folhas caídas no chão.
Inverno pra ser frio, mas agora é quente.
E aquelas folhas fervem ao tardar da manhã.
Bola de fogo escaldante no céu,
bolitas brancas, a neve.
Tudo perto do fim, perto do grande fogaréu.
Uma mão de homem que muda um curso,
para a cautela, um grande e redondo zero.
Um zero em todas as palavras sem som
daqueles que tentaram o dom
de trazer vida ao planeta desertado.
E todas as cobranças, e todos os enfados,
e todos os sussurros baixos dos empregados
só revelam a face da raça que não sabe que sabe.
Porque se soubesse, amaria.
Se soubesse, pararia.
Fácil quando se tem na mão a vida cara.
Mas se te peço pra me comprar a água rara,
será que terás pra ti e pra mim?
Caso a destruição não venha agora,
que meus filhos nasçam cheios de força,
e resistam à explosão da aurora.

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