segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Invasões sorrateiras: uma crônica das 3hs da manhã.

Ah, como é triste tudo aquilo que está fora do lugar. Roupa curta no inverno, meninos usando terno, mulher usando bigode. Para mim, soa vulgar tudo o que quer desconstituir as marcas tão bonitas de cada estação, seja ela do tipo que for.
Particularmente, não me apraz quem tenta veronizar o inverno. Não gosto, não. É desnecessário porque frio é pra ser íntimo, fechado, bonito. Quente gosta de ser pra fora, de gritar, de amarelar, avermelhar. E então, eu gosto de cada um a seu modo. Mas essa história de mortificar um para o outro invadir não é nem de longe admirável. 
Gosto do inverno. Do frio, da timidez, da cautela, do ser seu. Não venha com cerveja geladinha nem biquini fio-dental nos meus dias gélidos. Quero ficar só, mas uma solidão com chocolate, cobertores, só... Só o frio e eu.
E quando chegar o verão, vou me jogar com força na piscina e experimentar cangas de todas as cores. Vou ser uma risada só, mas sem cerveja geladinha. Ela é amarga.
E eu quero mesmo que entendam: as coisas são o que são. Nada de Aurélio Júnior, nada de banalizar o que é tão singular. Sem infiltrados. Sem inadequados. Cada um no seu quadrado.

Um comentário:

  1. "[...]mas sem cerveja geladinha. Ela é amrga." A D O R E I!!

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