Amanhã é um longo dia. Até agora indecifrável e inimaginável. Distante, doente, inconstante, influente... O amanhã é uma surpresa que um dia vai falhar a rotina. É uma certeza que em um piscar de olhos vai perder o gosto de vida que um dia teve. O amanhã? Ele praticamente não existe.
Todo o momento que passa é blindado - ele passou, ele está seguro. Certamente existiu, mas nunca mais voltará. Fica talvez na memória desbotada de nossas cabeças relapsas que esqueceram do almoço da semana passada. O passado, coitado, tão ignorado, mas muitas vezes doloroso e um tanto nostálgico. O que se foi pelo moinho da vida machuca muito mais do que a própria realidade muitas vezes. A lembrança do passado inquieta o presente, ansioso roendo as unhas a esperar os resultados. Mas e o presente? Tão rápido, mal podemos sentir seu balançar. Ofegantes, tentamos alcançá-lo, mas é demasiado agitado, e suas tribulações só nos fazem sacudir de um lado a outro, à espera da calmaria no futuro, e do entendimento quando tudo passar... Quando já for passado.
Mas se um dia, no ápice de meus sonhos, por algum motivo me deparar com esta figura que disseram para chamar de Tempo, a mão eu lhe daria a fim de que me concedesse uma última dança.
Linda digressão sobre os tempos, quando se é jovem etem todo um mundo pra futuro e um presente cheio de surpresas ,novidades, e pré-futuros e pós-passados.Eu ,já tenho pra mim um presente em que não poso dormir noponto, tenho que buscar conseguir rsolver meus problemas insolúveis, minhas pretensões insatisfeitas e buscar deixar algo de mim no caminho pra quando me chamar passado e nem consciencia disso tiver mais!E busco me realizar com mais tempo que tive antes, apenas pra satisfazer um anseio de dizer de mim pra comigo:experimentei o fel, mas também tentei conseguir os prazeres da vida humana. Estou no caminho disso, e tenho que ser rápido, que o tempo urge!Euclides
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