Venho fielmente me desculpar. Estou com vergonha de mim mesma. Esqueço-me de minhas palavras e de meus personagens. Dói confessar, mas eles estão impacientes e com expressões desesperançosas. Os pés batendo inquietamente no chão, como se altercassem essa minha deslealdade. Perdão, leitores e personificações mentais! Fico vagando entre aforismos, que não me identificam em nada, porque nunca los pertenci. Mas ainda volto. Sai a paralisia, e volta a palavra em verso, em prosa, sem prazo, nem vice, nem versa. Estou minha demais, e por melhor que seja, não é tão bom quanto estar no meio do texto. No meio dos versos, sim, estou dentro de mim.
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